17 tipos de feedback e como usá-los

Existem diferentes tipos de feedback, sobre as mais variadas questões. Neste artigo, veremos o que dizer, como dizer e para quem dizer!

Receber um feedback é como receber um presente e, como ocorre com os presentes, há diferentes tipos de feedback. Os feedbacks variam entre fontes, tom e qualidade — e é importante conhecer cada um deles e como se aplicam em sua empresa. 

Esse artigo foi escrito com o intuito de fornecer conselhos práticos sobre as mais variadas formas de feedback empresarial. A maioria é desejável, mas há uma que você deve evitar a todo custo.

Antes de entrar no tópico, no entanto, precisamos responder a uma questão importante:

 

O que é feedback e qual a sua importância no local de trabalho?

Em termos práticos, o feedback é um conselho específico que aborda uma questão específica. 

O valor do feedback positivo nos funcionários é muito claro. Ele reforça os comportamentos corretos e está diretamente ligado ao aumento do engajamento e da produtividade no trabalho dos funcionários. 

O feedback negativo é igualmente importante. Quando fornecido de forma construtiva, ele reduz comportamentos negativos e ajuda os funcionários a entender seus pontos fortes e fracos. 

A partir daí, você percebe que existem diversos tipos de feedback, não apenas sobre as questões que abordam, mas também sobre os métodos utilizados. 

Uma pesquisa realizada pelo International Stress Management Association apontou que 89% das pessoas sofre com o estresse da falta de reconhecimento no trabalho. Sem feedback, as pessoas ficam no escuro. Por isso, veremos aqui diversos tipos!

 

17 tipos de feedback

Tipos de feedback

Lembre-se: o feedback é um presente! E as pessoas de quem você gosta não recebem os mesmos presentes, certo?

O feedback pode servir a vários propósitos e assumir diversas formas. Cada tipo de feedback tem seu lugar no aprimoramento dos colaboradores, líderes e liderados. 

Nesse tópico, vamos ver quais tipos de feedback existem e quais são as 17 formas de entregar esse “presente”, com exemplos!

 

1. Feedback formal

Esse tipo de feedback costuma assumir a forma de uma avaliação de desempenho. O feedback formal é normalmente organizado e pode ser pré-planejado.

Essas conversas permitem que o empregador e o funcionário falem sobre as áreas em que o desempenho está satisfatório e discutam abertamente as áreas problemáticas. O funcionário deve saber quais serão os tópicos da conversa para que possa se preparar. 

👉 Como dar feedback para o chefe de forma educada

 

2. Feedback informal ou contínuo

Esse é o tipo de feedback mais comum que ocorre no local de trabalho, também conhecido como feedback contínuo. Pode acontecer a qualquer momento, entre quaisquer colaboradores, mas pode ser tão eficaz quanto prejudicial.

Por quê? Esse tipo de feedback costuma ser espontâneo e não solicitado. Para alguns, é ótimo, principalmente quando é positivo; mas, quando é negativo, pode incomodar a muitos.

Por isso, o feedback informal precisa ser compartilhado da maneira certa, com tato e cautela. Esse retorno pode ir de um simples “bom trabalho naquela apresentação” a algo mais substancial, como mostrar a alguém uma nova maneira de fazer algo.

Ebook sobre feedbacks

 

3. Feedback Peer to Peer/Ponto a Ponto

Esse feedback, dado de um colega de trabalho a outro, pode ser visto também como um feedback informal. Os colaboradores veteranos compartilham conhecimentos sobre como o trabalho é feito para os novos colaboradores.

Esse tipo de feedback deve ser positivo, pois um feedback negativo de um colega, não de um líder, pode causar tensões. Portanto, é muito importante saber dar feedbacks construtivos no trabalho.

Por exemplo: 

Há um novo funcionário na equipe. Ele ainda está aprendendo a usar o software. Seu companheiro de equipe percebeu que ele estava demorando mais do que o esperado em uma tarefa simples. 

Como ele entregou o feedback? Ele decidiu mostrar ao novo colaborador um atalho de teclado útil para minimizar o tempo gasto nessa tarefa.

 

4. Auto-feedback

Um auto-feedback é uma forma autônoma de feedback que os funcionários podem dar a si mesmos. Todos nós temos a capacidade de perceber nossos pontos fracos e buscar uma maneira de melhorar, podendo também pedir ajuda a colegas e líderes.

Uma boa cultura organizacional incentiva os funcionários a fazerem esse tipo de autoanálise, ajudando-as também a definir metas para o futuro.

Por exemplo: 

Um funcionário pode perceber que há uma lacuna em seu conhecimento. Assim, ele pode decidir passar um tempo estudando o assunto, fazer um curso na área e abordar seu gerente para pedir orientações.

Guia prático para estruturar um programa de feedback

 

5. Feedback 360

O Feedback 360 graus, semelhante a avaliação 360 graus, envolve um retorno a respeito de todos os aspectos de um colaborador: das competências ao comportamento. Esse feedback demanda a autoavaliação, a avaliação de gestores e a avaliação de colegas de trabalho.

É comum que seja feito anualmente, mas essa prática demonstra pouca eficácia. O ideal é que o Feedback 360 ocorra em intervalos de tempo menores, para que haja um bom norte de aprimoramento na equipe.

E por falar em feedbacks com intervalos menores de tempo…

 

6. Feedback em tempo real 

O feedback em tempo real costuma ser dado de maneira contínua, informal e imediata. O que isso significa e qual é sua importância?

Muitos líderes permitem que diversos assuntos relacionados aos seus liderados se acumulem. Quando decidem dar feedbacks, há uma série de demandas atrasadas e acumuladas.

O feedback em tempo real impede que isso ocorra: os liderados recebem elogios, críticas e incentivos imediatamente, logo que concluem suas tarefas. Ou até mesmo durante suas tarefas, quando podem receber sugestões ou elogios.

Ao entender essas formas principais pelas quais um feedback pode ser dado, podemos prestar atenção à natureza e à efetividade dos feedbacks. São eles positivos ou negativos? Construtivos ou negativos? Vejamos: 

 

7. Feedback construtivo

O feedback construtivo se concentra no trabalho e não na pessoa, oferecendo um norte de aprimoramento que seja aplicável pelo colaborador. Deve ser construído em torno de observações feitas sobre o método e os resultados da pessoa.

E o inverso?

 

8. Feedback destrutivo

O feedback destrutivo, em vez de se concentrar no trabalho, se concentra no indivíduo e é de natureza muito pessoal. Além disso, o feedback destrutivo tende a apontar falhas sem soluções, servindo apenas para colocar o funcionário para baixo.

Não precisamos nem dizer que esse feedback não deve ser dado, certo?

 

9. Feedback positivo ou elogio

Todos nós precisamos de elogios — não para massagear o ego, mas para saber que estamos fazendo um bom trabalho. Esse reforço positivo serve para que as boas atitudes no ambiente de trabalho sejam repetidas, para trazer mais resultados.

Além disso, os funcionários gostam de se sentir reconhecidos e valorizados, sendo leais às empresas que se relacionam com eles dessa forma.

Essa apreciação pode vir de pequenos comentários informais sobre o trabalho até um grande reconhecimento, como prêmios por um bom trabalho.

Aqui estão alguns exemplos de quando usar elogios:

  • Quando alguém superou as expectativas;
  • Quando alguém identificou uma nova forma de realizar uma tarefa e economizar tempo;
  • Quando alguém melhorou a qualidade do seu trabalho;
  • Quando alguém ajudou seu colega em uma tarefa difícil.

Não economize nos elogios! No entanto, saiba que elogiar deve ser feito apenas quando algo bom de fato tiver sido feito. Caso contrário, seus elogios se parecerão mais com “puxar saco” e os funcionários não se sentirão desafiados a melhorar.

 

10. Feedback negativo ou crítica

Os feedbacks negativos, conhecidos também como críticas, consistem em apontar ao colaborador algo que foi feito da maneira errada ou teve um mau desempenho. É necessário fazer críticas com cuidado, para evitar que os funcionários se sintam mal.

A crítica só deve ser compartilhada se ela for construtiva, não como uma forma de rebaixar alguém. Se a crítica não tiver conclusões práticas, você corre o risco de os funcionários se sentirem abatidos e subestimados.

Mas lembre-se: se há uma área que necessita de melhoria, o feedback negativo deve ser dado, nunca omitido! 

Você pode usar um feedback negativo quando:

  • Falar sobre áreas de melhoria com conselhos sobre como fazer isso;
  • Em reuniões programadas, como sua revisão anual.

 

A crítica deve ocorrer em um ambiente privado, pois o funcionário se sentirá prejudicado se for feita na frente de seus colegas. O feedback negativo pode ser difícil de engolir, portanto, criar um ambiente saudável é muito importante.

11. Feedback de incentivo

Esse tipo de feedback foca em incentivar ou motivar um colaborador, independentemente de como ele esteja desempenhando em uma tarefa. Ao praticar o incentivo, você cria um ambiente de trabalho com segurança emocional, mais seguro e amigável.

Nesse tipo de feedback, existe uma ênfase maior no trabalho que está sendo feito em vez de nas metas. O incentivo pode ser dado formal ou informalmente, como parte de uma avaliação de desempenho ou um rápido comentário sobre algum trabalho.

Independentemente do colaborador estar fazendo um bom ou um mau trabalho, ele precisa de incentivo para continuar se esforçando. Por isso, dê incentivos!

 

12. Feedback de avaliação

Esse tipo de feedback é geralmente usado para atualizar um funcionário sobre seu atual desempenho. Esse retorno é útil pois mantém os funcionários informados sobre as expectativas que seus líderes possuem, a segurança no trabalho e o seu desempenho.

Aqui estão alguns bons momentos para usar o feedback de avaliações:

  • Em uma avaliação de desempenho anual;
  • Reuniões regulares durante o período de onboarding remoto;
  • Após eventos importantes, como perder ou ganhar um novo cliente;
  • Quando um funcionário solicita um.

Não permita que um colaborador fique “no escuro” quanto ao próprio desempenho. Esse erro comum faz qualquer empresa perder talentos!

 

13. Feedback ascendente

Todos os feedbacks sobre os quais falamos até aqui são descendentes, ou seja, de cima para baixo. O feedback ascendente é de baixo para cima, ou seja, de liderados para líderes.

Como deve ser feito? É interessante que líderes busquem esse tipo de retorno para que os colaboradores falem a respeito do seu desempenho, atitudes e trabalho como um todo.

 

14. Feedback de entrevista

O feedback de entrevista consiste em um retorno objetivo aos candidatos de determinada vaga. Nesse feedback, muito mais do que uma recusa, o responsável deve dizer a razão pelo candidato não ter sido escolhido.

Essa prática demonstra sensibilidade da parte do RH. E mais: o RH também pode pedir, ao final, um feedback sobre o processo seletivo, o que auxilia na melhoria do setor.

 

15. Feedback sanduíche

O feedback sanduíche consiste em dizer algo positivo, em seguida dizer algo negativo e fechar com outro ponto positivo. Esse feedback, meio “morde e assopra”, deve ser evitado a todo custo!

Por quê? Essa prática carece da objetividade que requer um feedback. Os feedbacks devem ser positivos ou negativos, jamais misturando os dois. Isso faz com que o colaborador entenda o ponto, enquanto no sanduíche pode não focar no que era mais importante.

 

16. Feedback Netflix

A cultura organizacional da Netflix vem chamando a atenção dos gestores de RH. Patty McCord, ex-CTO na Netflix, disse em um artigo da HBR: 

“Quando paramos de fazer avaliações de desempenho formais, instituímos avaliações informais de 360 ​​graus. Nós as mantivemos bastante simples: as pessoas foram solicitadas a identificar coisas que os colegas deveriam parar, começar ou continuar.

Isso resume o espírito do feedback: eles devem ter um foco. O que o colaborador deve parar de fazer? O que ele deve começar a fazer? O que ele deve continuar fazendo, pois está dando bons resultados?

O método de análise também é interessante: as análises começaram anonimamente para evitar constrangimento, mas depois passaram a ser assinadas. Por fim, a Netflix adotou a prática do feedback 360 cara a cara.

17. Feedforward

Esse termo, que significa o inverso, diz respeito a uma forma de enxergar os feedbacks. O feedforward é a prática de traçar um plano de ação para desenvolver habilidades que serão necessárias no futuro.

Portanto, analise o seu desempenho, mas não se esqueça de que deve olhar para frente!

 

Qual devo escolher entre os tipos de feedback?

Em quaisquer setores, deve haver diferentes tipos de feedback. Isso vale para o trabalho e para a vida. Então garanta que em sua empresa serão usados os diversos tipos de feedback, evitando o feedback destrutivo e o sanduíche. 

Essa cultura de feedback garante um ambiente saudável e de constante aprimoramento. Lembre-se: não precisa economizar nos elogios quando vê algo ser bem feito, nem esperar uma ocasião especial para uma sugestão.

Ficou com interesse para saber mais? Baixe gratuitamente o material em que falamos sobre a cultura de feedbacks da Netflix! 👇

Feedback da Netflix

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