Modelos de gestão top-down e bottom-up: prós e contras

Descubra os prós e contras dos modelos de gestão top-down e bottom-up e veja como escolher a abordagem certa para sua empresa.

Top-down e bottom-up são dois modelos de gestão que podem ajudar empresas como a sua a crescer. Ambos são aplicados nos mais variados segmentos, como tecnologia, indústria, varejo e por aí vai.

Mas, a pergunta é: qual abordagem utilizar para cada liderança? Para ajudar você a encontrar a resposta, neste artigo esclarecemos como cada uma funciona e suas vantagens e desvantagens.

Também apresentamos outros tipos de gestão que podem ser adotados. Então, aproveite!

 

O que é o modelo de gestão Top-Down?

Em uma tradução literal, top-down pode ser entendido como “do topo para baixo”. É também conhecido como modelo de gestão cascata.

Para entender melhor sobre ele, basta imaginar as águas de uma cascata caindo, pois elas seguem um curso que começa de um ponto superior e vai até um ponto inferior.

Em empresas, a abordagem top-down parte do mesmo princípio, ou seja, trata-se de um modelo de gestão descendente

Nesse caso, as decisões são tomadas pelo alto escalão e devem ser seguidas (isto é, são cascateadas) pelos colaboradores que estão abaixo na hierarquia.

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Prós do modelo top-down

Quando tratamos de top-down e bottom-up, costuma-se pensar que a primeira abordagem é mais rígida e que, portanto, não apresenta vantagens. No entanto, justamente pelo fato de ser mais centralizadora, é que ela consegue lidar com mudanças bruscas.

Além do mais, este modelo de gerenciamento é o mais indicado para tomadas de decisões que necessitam de urgência. Isso porque, a partir do momento que as decisões são centralizadas, é mais fácil definir o curso que a empresa deve seguir.

Também é uma abordagem que é mais direta ao ponto, afinal, não há discussões prolongadas em diferentes níveis da hierarquia. Outro benefício do top-down é a padronização de processos e modelos, o que pode trazer mais eficiência à organização. 

 

Contras do modelo top-down

Se a rigidez da estrutura top-down pode ser benéfica em tomadas de decisão de urgência, pode também representar um ponto negativo: a insatisfação dos colaboradores, algo capaz de levar a uma baixa taxa de retenção.

Uma das razões para isso é que pode haver falha de comunicação entre o alto escalão (diretoria e liderança) e os demais colaboradores. Estes podem sentir-se perdidos e em desarmonia com o propósito da empresa e seus próprios objetivos profissionais.

Ainda, muitas organizações com o modelo top-down de gestão sofrem com um clima organizacional ruim, ocasionado por uma centralização das decisões e pelo microgerenciamento.

Vale ressaltar que na abordagem de cima para baixo o perigo está também na liderança definir metas inalcançáveis e desmotivadoras. Adicionalmente, existe o risco de dar aos funcionários uma impressão de inflexibilidade.

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O que é o modelo de gestão Bottom-Up?

Traduzido literalmente, bottom-up pode ser entendido como “de baixo para cima”. Na prática, significa dizer que as decisões são tomadas na base – pelos colaboradores – e sobem para o topo – para as linhas gerenciais.

Como você pode ver, é um modelo oposto ao  top-down e é considerado como uma abordagem mais moderna. Aliás, falando em abordagem, o bottom-up trabalha com uma estrutura horizontal.

Isso não significa que as decisões não sejam tomadas pelos líderes. Contudo, apesar de eles serem os responsáveis por bater o martelo, eles somente o fazem após ouvirem seus liderados

Em outras palavras, quer dizer que as empresas que optam por essa abordagem possuem uma relação de hierarquia menos evidenciada.

 

Prós do modelo bottom-up

Bottom-up é um modelo de gestão que reforça a participação dos colaboradores, dando a eles um sentimento de que são valorizados. Como consequência, os times costumam ser mais produtivos.

É uma abordagem especialmente recomendada para organizações que focam em inovações, principalmente porque costumam ser empresas cuja cultura é mais aberta às discussões e à colaboração.

Assim sendo, entre top-down e bottom-up, o segundo modelo traz um incentivo maior à criatividade. 

 

Contras do modelo bottom-up

Embora seja um tipo de gestão que traz mais flexibilidade às empresas, o bottom-up também tem suas desvantagens. 

A mais evidente talvez seja a velocidade mais lenta das tomadas de decisão. Em ambientes voláteis, o tempo para decidir sobre a ação a tomar pode ser prejudicial aos resultados do negócio.

Essa lentidão também é sentida nos ajustes que precisam ser feitos em processos, metodologia, entre outros. 

Mencionamos igualmente que, por ter essa característica de dar a voz a todos, se a gestão não ficar atenta, o ambiente pode ter um nível de competição não saudável dentro da empresa

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Como escolher o modelo de gestão adequado? 

A escolha entre bottom-up e top-down depende muito do tipo de empresa e cultura. Normalmente, organizações mais consolidadas no mercado e que necessitam de processos padronizados e tomadas de decisão rápidas, adotam o estilo cascata.

Por sua vez, organizações com mentalidade da inovação e que utilizam metodologias ágeis, como Scrum, costumam optar pelo bottom-up.

Contudo, perceba que, em vez de se perguntar como escolher o modelo de gestão adequado, você pode optar por entender quando cada modelo pode ser aplicado.

Para exemplificar, uma empresa que inicia com uma gestão top-down, em determinado momento pode mudar para o oposto. O que deve ser avaliado, nessa situação, é o momento em que o negócio se encontra.

Se for necessário focar no lucro, talvez seja preciso aprimorar os processos e reduzir gargalos que minam a produtividade. Nesse cenário, o modelo de cima para baixo pode ser o mais indicado.

Já se o foco for em inovação rápida e agilizar os lançamentos de produtos, a gestão bottom-up costuma trazer melhores resultados.

Observe também que, independentemente do tipo de gestão, o RH tem o papel de criar um ambiente de trabalho que promova o bem-estar dos funcionários e a boa comunicação entre líderes e seus liderados

 

Ajuda extra: bottom-up e top down exemplos

Pensando em dar uma mão a você para entender um pouco mais sobre as duas metodologias, veja dois exemplos.

Em uma empresa de grande porte, com abordagem top-down, o CFO decide cortar custos para aumentar a lucratividade, algo definido no planejamento estratégico. Sem conversar com a equipe executiva, ele toma algumas decisões e informa o que precisa ser feito.

Em seguida, o time executivo comunica aos gestores que, então, definem as ações para o corte dos custos seguindo as instruções recebidas pelo nível superior.

Agora imagine uma empresa que adota o modelo bottom-up. Um de seus colaboradores identifica um problema em um processo que pode ser melhorado e, assim, reduzir os custos. Ele comunica ao líder que também escuta outros liderados e faz suas observações.

Esse mesmo líder conversa com seu gestor e, juntos, eles tomam algumas decisões tomando como base as discussões com a equipe

Outros modelos de gestão 

Além de bottom-up top-down existem outros modelos de gestão como a gestão por resultados, a qual possui processos voltados a atingir metas e objetivos. 

Há também a gestão meritocrática, na qual os funcionários são avaliados de acordo com o desempenho. Existem ainda outros modelos de gestão, como:

  • Por cadeia de valor: comum em empresas de tecnologia. Possuem processos personalizados.
  • Por desempenho: os colaboradores têm metas individuais e são avaliados de acordo com o Plano Individual de Desenvolvimento (PDI). 
  • Objective and Key Results (OKR): modelo de gestão disseminado pela Google. Ele se baseia na definição de metas e na medição dos resultados.
  • Gestão à vista: dos colaboradores conseguem acompanhar o andamento de processos  e KPIs em tempo real, por meio de ferramentas disponíveis no mercado. 

 

Caso esteja interessado em saber mais detalhes sobre os modelos citados (e outros mais), confira este artigo super completo 👉 12 Modelos de Gestão: o que são, quais os tipos e qual escolher?

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